- Um estudo chinês revela que os microplásticos podem entrar no cérebro, aumentando potencialmente os riscos de derrame, depressão e demência, desencadeando coágulos sanguíneos e restringindo o fluxo sanguíneo.
- Os microplásticos, encontrados em alimentos, água, ar e produtos do dia a dia, foram detectados no tecido cerebral humano, com seus mecanismos nocivos agora melhor compreendidos.
- Pesquisas em camundongos mostraram que a exposição a microplásticos levou a coágulos sanguíneos, declínio cognitivo e comprometimento motor, levantando preocupações sobre efeitos semelhantes em humanos.
- Os saquinhos de chá à base de plástico liberam bilhões de partículas de microplástico quando preparados, com até mesmo saquinhos de chá de papel geralmente contendo revestimentos plásticos, dificultando a evitação.
Os especialistas recomendam reduzir a exposição ao microplástico mudando para chá de folhas soltas, pré-lavando saquinhos de chá e evitando reaquecer o chá com o saquinho na xícara.
Um estudo inovador realizado por pesquisadores chineses revelou que os microplásticos podem se infiltrar no cérebro, aumentando potencialmente os riscos de derrame, depressão e até demência.
Os microplásticos, definidos como partículas de plástico menores que cinco milímetros, estão por toda parte. Eles foram encontrados em alimentos, água, ar e até mesmo em produtos do dia a dia.
Os cientistas descobriram que essas partículas são pequenas o suficiente para entrar na microcirculação do cérebro, onde desencadeiam uma resposta imune que leva à formação de coágulos sanguíneos mortais. Esses coágulos restringem o fluxo sanguíneo, uma causa conhecida de demência vascular, e têm sido associados ao comprometimento neurológico em camundongos.
O estudo, publicado na Science Advances, descobriu que camundongos injetados com microplásticos desenvolveram coágulos e exibiram sinais de declínio cognitivo, como dificuldade em navegar em labirintos e redução da função motora. Embora a pesquisa tenha sido conduzida em camundongos, as implicações para os humanos são profundamente preocupantes.
Saquinhos de chá cheios de bilhões de partículas de microplástico
Uma das revelações mais chocantes é o papel dos saquinhos de chá nesta crise. Um estudo de 2024 descobriu que preparar chá com um saquinho de chá à base de plástico libera aproximadamente 1,2 bilhão de partículas de microplástico por mililitro de chá.
Embora algumas empresas de chá afirmem que suas sacolas são feitas de papel ou materiais à base de plantas, a realidade é mais obscura. Mesmo os saquinhos de chá de papel podem conter revestimentos ou selos de plástico, tornando quase impossível evitar totalmente os microplásticos.
O problema não se limita ao chá e à descoberta de microplásticos no intestino humano, sangue e até esperma, é muito provável que outros tipos de produtos alimentícios e até mesmo água possam conter microplásticos que estão contaminando o corpo humano.
Um estudo de 2022 relacionou microplásticos à inflamação crônica no cérebro, enquanto outro descobriu que pacientes com demência tinham dez vezes mais microplásticos em seus cérebros do que indivíduos saudáveis.
Embora a ciência ainda esteja evoluindo, existem medidas que as pessoas podem tomar para reduzir sua exposição aos microplásticos, incluindo a mudança para o consumo de chá de folhas soltas, o que elimina totalmente o risco de microplásticos dos saquinhos de chá.
Existem opções que os especialistas sugerem, como escolher marcas de chá que usam saquinhos de chá de papel, pré-lavar saquinhos de chá em água em temperatura ambiente antes de preparar para ajudar a reduzir a liberação de microplásticos e evitar o reaquecimento do chá com o saquinho ainda na xícara.
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